terça-feira, 30 de setembro de 2008

Muricy: "O São Paulo encaixou de novo"


Técnico diz que time vive seu melhor momento no campeonato e cresce na disputa do título

Alisson dos Santos- 30/9/2008


O abraço entre os jogadores no final do jogo contra o Cruzeiro, o ambiente no vestiário, os sete jogos de invencibilidade da equipe no campeonato e a defesa quase que intransponível nos últimos cinco jogos (levou apenas um gol) são os motivos que levam o técnico Muricy Ramalho a definir o atual momento do São Paulo como o seu melhor dentro da competição.



Para Muricy, o time vem crescendo de produção na hora certa e por estar acostumado a conquistas, entra definitivamente na briga direta pelo tricampeonato consecutivo.



"Você sabe quando seu time pode reagir ou não e hoje vivemos nosso melhor momento tanto na parte física, como técnica e psicológica. Nosso time está com muita confiança e muito forte no que diz respeito aos fundamentos. Isso faz a diferença e por isso o São Paulo será muito forte nessa reta final", afirmou o treinador, que considera a disputa pelo título totalmente aberta.



"Todos têm chance, mesmo porque os times de cima estão oscilando, e os de baixo estão chegando. A gente sabe que quando diminui a diferença as equipes de cima sentem a pressão", ressalta.



O bom desempenho do São Paulo nas últimas partidas também pressionam os rivais, segundo Muricy. "O time encaixou de novo e quando isso acontece fica muito perigoso para os adversários", acrescenta o comandante, que considera o período de treinos durante a semana como fator preponderante na ascensão tricolor.



"É fundamental treinar, pois nossa principal característica é força e velocidade. Fazemos marcação sob pressão e se não tivermos com a parte tática e física bem apurada não conseguimos render o esperado. Estamos vivendo um grande momento e nossa meta agora é vencer o Ipatinga", completa.

Paredão Bosco revê momento de 2006


Na conquista do tetra, goleiro são-paulino também substituiu Rogério em momento decisivo

Alisson dos Santos - 30/9/2008


No último domingo, na vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, o goleiro Bosco entrou no lugar de Rogério Ceni e mais uma vez deu conta do recado. Sempre que foi exigido o camisa 22 do Tricolor demonstrou porque o clube confia tanto nele.

"Fico feliz em saber que meus companheiros confiam no meu trabalho. O Rogério faz muita falta pela liderança, pelo diferencial que ele tem pelos pés. Mas fico feliz em saber que quando eu entro os jogadores se sentem confiantes. Eu fico confiante com isso também", diz o goleiro.

A partida contra os mineiros, que era considerada vital para as intenções do clube no nacional, fez com que o goleiro se lembrasse de 2006, quando também substituiu o capitão são-paulino em um momento decisivo do Campeonato Brasileiro.

"Em 2006 aconteceu uma situação semelhante. O Rogério se machucou antes do jogo contra o Botafogo e eu pude jogar contra eles e contra o Goiás. Foi um momento inesquecível porque eram jogos essenciais para a nossa conquista. Depois o Rogério voltou, jogou contra o Atlético Paranaense quando teve o empate e conseguimos o título", recorda-se Bosco, admitindo estar sempre pronto para entrar em campo, mesmo jogando pouco.

"Minha posição é complicada porque sou reserva do grande ídolo do São Paulo. Então sempre se cria uma expectativa muito grande para eu fazer igual ou melhor do que ele. O importante é estar sempre preparado. Estou em um clube grande, que está sempre chegando, e como suplente preciso estar pronto. Quando aparece a chance tenho que dar o melhor de mim porque estou substituindo o grande jogador do São Paulo", afirma Bosco, conhecido entre seus companheiros por "Paredão".

"Esse apelido era uma forma carinhosa que os torcedores do Fortaleza me chamavam. Quando a gente foi pra Fortaleza jogar lá os torcedores cantaram no treino e os jogadores trouxeram pra cá. É um reconhecimento bacana", diz Bosco, que aos 33 anos faz planos de se aposentar no Tricolor e quem sabe um dia substituir Rogério Ceni.

"Minha intenção é continuar no São Paulo por muitos anos. Espero encerrar minha carreira aqui. Por ser mais velho, a tendência é que o Rogério pare antes que eu, mas se isso não acontecer não tem problema nenhum, já que sou muito feliz no clube. Fico na expectativa de jogar uma ou duas temporadas, mas apesar de jogar pouco, estou em um clube que oferece boas condições de trabalho, tem uma diretoria séria e um elenco maravilhoso. Então, estou satisfeito com a minha condição", completa o goleiro.

No posto de Rogério, zagueiro foi decisivo na vitória sobre o Cruzeiro

Alisson dos Santos - 30/9/2008


O zagueiro André Dias foi o principal destaque da equipe do São Paulo na convincente vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, neste domingo, no Morumbi. O jogador viveu uma tarde de gala, fez uma grande apresentação e foi o autor do primeiro gol da equipe.

"Felizmente consegui entrar em campo e ajudar a minha equipe. Nosso time precisava muito dessa vitória e com muita luta e competência fomos em busca disso", diz o camisa 3.

Na jogada do gol, André Dias escorou de cabeça uma cobrança perfeita de escanteio do meio-campista Jorge Wagner, que deu sua 21ª assistência no ano.

"Treinamos esta jogada a semana toda e ela costuma ser bem aproveitada porque temos um jogador que, se não é o melhor das bolas paradas é um dos melhores: o Jorge Wagner", crê André Dias.

Além do gol, seu sétimo pelo clube e terceiro no ano, a partida contra os mineiros também teve outro motivo para ser comemorado: o zagueiro foi o capitão da equipe.

"Poucas vezes na minha vida fui capitão. E todos sabem o que significa o Rogério Ceni no São Paulo, pela história, as marcas, tudo. Olha a responsabilidade que o Muricy me deu. Ele mostrou confiança em mim e fiquei feliz em ser o capitão", diz André Dias, que fez questão de elogiar seu companheiro.

"Ninguém é melhor do que uma palavra de incentivo antes do jogo do que o Rogério. Ele poderia estar em casa, com as filhas, mas fez questão de estar conosco", ressalta André, que afirma estar em seu melhor momento.

"Com certeza é a minha melhor fase. Até mesmo pelo fato de estar me machucando pouco. Tive só uma lesão no começo da temporada, mas aí consegui manter a regularidade", garante o zagueiro, que põe o São Paulo firme na briga pelo título.

"Disputar a próxima Libertadores é bem possível e temos que provar agora, que nossa luta pelo título não vai ficar só na conversa. Vamos seguir lutando até o fim", completa.

sábado, 27 de setembro de 2008

O Morumbi

Estádio Cícero Pompeu de Toledo - Morumbi

Quinze de agosto de mil novecentos e cinqüenta e dois é uma data que terá de ser lembrada para sempre na história do Tricolor. Foi nesse dia que Cícero Pompeu de Toledo - são-paulino histórico - lançou a pedra fundamental daquele que seria o maior estádio particular do planeta Terra por muito tempo.


Toledo não lançou somente a pedra fundamental, com seus sonhos e esperanças para a nação são-paulina. Emprestou também o seu nome para uma aventura que eternizaria a grandeza do São Paulo para sempre.
Em 02 de outubro de 1960, foi realizada a primeira festa de inauguração, com uma partida contra o Sporting Lisboa, vencida pelo São Paulo com um gol de Arnaldo Poffo Garcia, o Peixinho.

O árbitro foi Olten Ayres de Abreu, ex-atleta e são-paulino ilustre, hoje conselheiro vitalício. Uma semana depois, o Tricolor engrossou sua lista de craques com os palmeirenses Djalma Santos e Julinho Botelho, além do corintiano Almir Albuquerque. E mais uma vez o São Paulo saiu vencedor, desta vez por 3 x 0, contra o Nacional de Montevidéu, com gols de Canhoteiro e Gino (2).
Em 25 de janeiro de 1970, pouco menos de 18 anos depois, o clube inaugurava 720 metros de arquibancada e o gigante já era o maior do mundo, com o jogo São Paulo 1 x 1 Porto de Portugal, gols marcados por Waltemiro Fernandes Pessoa (Miruca) e Vieira Nunes, para o Porto. Um gigante que se levantava da terra com 50 mil metros cúbicos de concreto e seis mil toneladas de ferro. O sonho tinha virado realidade, graças ao esforço de muitos são-paulinos, que emprestaram paixão, suor e trabalho.

Nesses cinqüenta anos, o Morumbi sempre foi o palco preferencial das grandes manifestações artísticas e esportivas ocorridas em São Paulo, com destaque para a missa rezada pelo Papa João Paulo II, em 3 de julho de 1980. E acompanhando a evolução, o Morumbi também se modernizou. Diminuiu sua capacidade para 80 mil lugares, visando oferecer total segurança e conforto para seus espectadores, atendendo a determinações da FIFA.

O gramado tem dimensões de 108,00 x 72,00 metros com sistema de irrigação computadorizado e grama tipo bermudas. Há ainda 02 bancos de reservas cobertos com capacidade para até 15 atletas e comissão técnica e 01 abrigo para representantes, totalmente adaptados para campeonatos internacionais. O sistema de iluminação é dotado de 256 projetores que proporciona 1500 LUX de iluminação por ponto. O estádio conta com área para deficientes físicos com 92 lugares para cadeiras de rodas e 102 lugares para acompanhantes. Para o público o Morumbi conta com lanchonetes Habib´s, sistema de som e 2 placares eletrônicos.

No interior do Estádio se situam cinco vestiários sendo 04 para equipes e 01 vestiário para árbitros, 2 auditórios para entrevistas coletivas, departamento de fisioterapia, sala Anti Dooping, tribuna de imprensa térrea totalmente equipada com sala de estar, telefone público, sala de fax, bar e WCs, 06 cabines de rádio e 04 de televisão, 12 tribunas de honra, edifício garagem, posto policial e posto médico emergencial.

No anel intermediário do estádio localiza-se toda a parte administrativa com refeitório, sala de vídeo tape, arquivo, memorial (sala de troféus), salão nobre, auditório para 240 pessoas, incluindo a sala da presidência e salão para reuniões de diretoria.

Dentro deste que é um complexo esportivo de fazer inveja a qualquer clube do mundo, o São Paulo continua seu trabalho de criar craques, formar cidadãos e encher de orgulho uma torcida que desde sempre está acostumada a comemorar conquistas importantes.

São Paulo assina contrato de Lei de Incentivo na próxima segunda-feira

Ministro dos Esportes, Orlando Silva Júnior, estará no Morumbi nesta segunda-feira (29/09) para viabilizar primeira obra com incentivo da lei
Alisson dos Santos - 27/9/2008


O Ministro dos Esportes, Orlando Silva Junior, junto com autoridades da Caixa Econômica Federal, estará no Estádio do Morumbi na próxima segunda-feira, 29 de setembro, para assinar com o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, o primeiro contrato da Lei de Incentivo Fiscal com a realização de obras num clube de futebol. O encontro acontecerá às 16 horas na presidência do clube.



Três projetos do Tricolor - todos no Centro de Formação de Atletas, em Cotia - vão poder, agora, se beneficiar da dedução do imposto de renda devido por pessoas físicas e jurídicas, a eles destinada.



Uma das propostas do clube é a construção de uma arquibancada para jogos das categorias de base com estacionamento fechado e privativo para o público.



Outro visa implantar e complementar as demais instalações já existentes com um alojamento transitório ou permanente para 148 atletas.


O terceiro projeto, também no CFA de Cotia, é a implementação de um complexo médico composto por edificação principal, com salão de atividades, vestiários, além de uma área anexa para tratamentos hidroterápicos.



A partir da assinatura do contrato, o São Paulo viabiliza suas obras imediatamente.

Relacionados para SPFC x Cruzeiro

Borges está relacionado após dois jogos e Jean volta de suspensão
Alisson dos Santos- 27/9/2008


O atacante Borges e o volante Jean são as principais novidades do time do São Paulo para a partida deste domingo, às 16 horas, no Morumbi. Borges está recuperado de entorse no tornozelo direito que o afastou de dois jogos e Jean volta após cumprir suspensão por amarelo.



Outra grande novidade é o lateral-esquerdo Diogo, de 18 anos. O jovem são-paulino integra a equipe profissional desde a última sexta-feira e já ocupa um lugar entre os 19 atletas que vão para o decisivo jogo. Diogo, assim como o atacante Roni e o goleiro Léo, esteve (e foi titular) na seleção brasileira sub-19 que sagrou-se campeã do Torneio de Sendai, neste mês, no Japão.



O principal desfalque da equipe é o zagueiro Miranda, que recebeu o terceiro cartão amarelo. O zagueiro Anderson, que seria o mais cotado para substituir o camisa 5 são-paulino, também não foi relacionado devido a uma tendinite no joelho direito.





Goleiros

1 - Rogério Ceni

22 - Bosco



Zagueiros

3 - André Dias

44 - Rodrigo

31 - Aislan



Laterais

12 - Joilson

16 - Jancarlos

32 - Diogo



Meio-campistas

7 - Jorge Wagner
15 - Hernanes
18 - Hugo

20 - Richarlyson

23 - Zé Luis

36 - Oscar

38 - Jean

Atacantes
9 - Éder Luis
17 - Borges

19 - André Lima
25 - Dagoberto

Números de SPFC x Cruzeiro

Tricolor leva larga vantagem sobre o rival de Belo Horizonte
Alisson dos Santos - 27/9/2008


Se depender do retrospecto entre os dois times, o São Paulo é franco favorito na partida deste domingo, diante do Cruzeiro, no Morumbi. A vantagem paulista vem nos números gerais, em Campeonatos Brasileiros, dentro do Estádio do Morumbi e até no Mineirão.



Total

Jogos 57
Vitórias 23
Empates 19
Derrotas 15
Gols Pró 74
Gols Contra 56



Em Brasileiros

Jogos 37
Vitórias 18
Empates 12
Derrotas 7
Gols Pró 54
Gols Contra 34



No Morumbi

Jogos 22
Vitórias 9
Empates 8
Derrotas 5
Gols Pró 18
Gols Contra 7



No Mineirão

Jogos 28
Vitórias 12
Empates 9
Derrotas 7
Gols Pró 41
Gols Contra 30



O primeiro jogo entre os times na história foi um amistoso realizado em Belo Horizonte (MG). O São Paulo goleou o Cruzeiro por 5 a 0, com gols de Teixeirinha (3) e Américo (2).



Já a última partida entre São Paulo e Cruzeiro foi pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro desta ano, no Mineirão. Borges fez o gol do empate por 1 a 1 válido 8ª rodada.